TEXTOS

Crônicas da SOPAPO:
A MALDIÇÃO DO CANELA DE URUBU


Na primeira noite em que tocamos no The Dubliners Irish Pub, usamos na voz principal o microfone do bar e não usamos o nosso lendário microfone Canela de Urubu. Ainda antes do show, e depois de inicialmente ter funcionado, a fonte da pedaleira da guitarra recusou-se a funcionar. Tocamos sem pedaleira, usando recursos do ampli. No dia seguinte, adquirimos duas novas fontes e testamos a pedaleira com as três. A fonte original nem acendia e com as duas novas a pedaleira ligava, mas entregava um som horrível. Fizemos a segunda noite ainda sem pedaleira, mas já com o Canela. Ao testar novamente a pedaleira em casa, funcionou perfeitamente com as três fontes, inclusive com a que estava condenada. Na terceira apresentação, usamos o Canela e a pedaleira e desde então não tivemos mais nenhum problema.


O místico Canela de Urubu... preso pra não fugir. E a pedaleira em questão.

O Canela de Urubu só com a segunda pele, justificando assim seu nome.



O CONTO DO SÁBIO CHINÊS
(RAUL SEIXAS)

Era uma vez um sábio chinês
Que um dia sonhou que era uma borboleta
Voando nos campos, pousando nas flores,
Vivendo, assim, um lindo sonho.

Até que um dia acordou e pro resto da vida
Uma dúvida lhe acompanhou:
Se ele era um sábio chinês que sonhou que era uma borboleta
Ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês.


 

Raul escreveu, musicou e popularizou este conto, mas a ideia original baseia-se nos ensinamentos do filósofo taoísta chinês Zhuangzi (Chuang-Tzu), do séc. IV a.C. Nas palavras de Paulo Coelho, “o grande mestre [...], depois de caminhar muito durante um dia ensolarado, deitou-se debaixo de uma amoreira e caiu em um sono profundo. Começou a sonhar que era uma borboleta, passeando pelos campos que acabara de percorrer, vendo as mesmas coisas que vira durante aquele dia. Acordou de repente, e disse para si mesmo: ‘Estou diante do problema filosófico mais complicado da minha vida. Quem sou eu? Sou um homem que sonhou que era uma borboleta? Ou sou uma borboleta sonhando que transformou-se em um homem?’”

Tais contos, chamados de Koans, quebram a lógica convencional para levar a um estado de meditação. São enigmas absurdos utilizados por mestres Zen na transmissão de ensinamentos cuja finalidade é levar o discípulo a desconfiar da linguagem lógica, discursiva, do raciocínio. Outros exemplos de Koans:

“Sinta que você é um bambu enquanto estiver desenhando bambus.
Mas se esqueça de que você é um bambu enquanto estiver desenhando bambus”.

“Dois monges brigavam. Um dizia: - A bandeira está em movimento.
Outro retrucava: - Não, é o vento que está em movimento.
Um terceiro monge respondeu: - É a mente de vocês que está em movimento!”

A mente naufraga entre uma multidão de pensamentos que lhe confundem, mas na meditação, você pára a mente e desperta a Consciência; alcança a Iluminação no segundo e no instante.

Sábio chinês e borboleta quebram a dualidade, fazendo com que Homem e Natureza sintam-se como um só. O sábio pode ser a borboleta e a borboleta pode ser o sábio; e tudo se harmoniza na Alquimia da Natureza.

Quem faz a separação entre Homem e Natureza é a mente. A partir do momento em que ela deixa de nos confundir, percebemos a instantânea visão real de que eles formam uma Unidade. O sábio representa a razão que a tudo busca. A borboleta representa a mansidão que não precisa da razão para buscar. Para ela, tudo é simplesmente natural.

Assim, o Conto do Sábio Chinês faz com que estas duas instâncias se mesclem e, da união das duas, ao mesmo tempo em que se unem, também se superam na Unidade, alcançando o estado Zen, onde há apenas uma Consciência a brilhar.

O taoísmo apareceu na China há muito tempo, bem antes de Cristo, uma filosofia que surgiu da observação das leis da natureza. Os mestres do taoísmo concluíram que, tudo possui uma identidade que vem de uma única fonte, o Tao. O Tao é um conceito difícil de ser definido em uma palavra. Ele é um princípio que está em tudo.

A dualidade e a confusão entre o sonho e o real é também um tema caro a muitos artistas. Filmes como Matrix, Inception, ExistenZ, 13° Andar e mais uma infinidade de livros e HQs, brincam com a metafísica entre o onírico e a realidade.

Qual é a realidade? A do sábio ou da borboleta? Cypher preferiu voltar à Matrix, o sonho de ser rico e famoso. Para ele, tal ‘realidade’ era melhor do que a realidade em si.

Fonte: http://www.fisica-interessante.com/aula-historia-e-epistemologia-da-ciencia-1-realidade-ciencia-3.html


Fonte: adaptado e compilado do material disponível em:
http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2007/10/30/chuang-tzu-e-a-borboleta/
http://www.fisica-interessante.com/aula-historia-e-epistemologia-da-ciencia-1-realidade-ciencia-3.html
http://www.dacex.ct.utfpr.edu.br/zama2.htm
http://thesurrealityshow.blogspot.com/2010/11/o-conto-do-sabio-chines.html



DEPOIMENTO DE RAUL SEIXAS (BRASÍLIA, 1974)

Segue uma espécie de depoimento que Raul Seixas deu no show que deu nome ao LP Se o Rádio Não Toca, realizado no ano de 1974 em Brasília e que nos foi trazido pelo Raul Rock Club no ano de 1994.

Este show foi gravado pelo próprio Raul num gravador Akai mono, aqueles antigos com fita de rolo. Raul costumava gravar em áudio suas apresentações para posteriormente avaliar melhor suas performances.

Neste show, que na verdade era um pré-lançamento do LP Gîtâ, Raul cantou a música Ouro de Tolo, que na época era o seu grande sucesso. Acontece que, por uma falha no áudio original do show, a música Ouro de Tolo acabou sendo impedida de entrar no LP Se o Rádio Não Toca. No show, Raul canta a música de forma diferenciada, dando muitA ênfase a cada frase e palavra e faz o refrão final em castelhano. Ao fim da música, quando fala do disco voador, automaticamente ele começa o seu depoimento, único e emocionado.

Repare que nesse depoimento Raul expressa tudo aquilo que sentia e que na sequência veio a ser o alicerce principal de seu trabalho.

Leia como se o estivesse ouvindo:

CANTADO:Porque, lego de las cercas alambradas que separam los campos, en el íris calmo de me ojo que vê, a senta sombra sonora de um disco voador, a senta sombra sonora, de um disco voador...”

FALADO: “Não, não, não um disco voador, disco voador, mas um disco voador simbólico, que vem anunciar o princípio de um novo tempo, um tempo, do qual vocês todos são testemunhas, sem imposições e sem liderança, está pintando esse magicismo todo que existe no ar, esse questionamento, essa mutação, óbvia, tão clara, onde as pessoas sentem, sem líder, sozinhas, onde a gente sente que já chegou num teto e que desse teto não passa e você pergunta – E Daí?

Então isso é um sinal não de caos, é um sinal de fim, mas de princípio de alguma coisa, porque tudo é mutável, o universo é anárquico, Deus é anárquico então tudo é mutação, então obviamente que está começando outra coisa.

A Sociedade Alternativa é apenas uma representação, é um nome, que nós assumimos aqui no Brasil, tivemos a coragem de assumir aqui no Brasil, ela não tem esse nome em outros lugares, o John Lennon tem um trabalho no mesmo sentido, mas com outro nome. Na Holanda existe também, enfim, em todo o Planeta existe, não uma liderança, é apenas um empurrão, nessa coisa que a gente sente e sabe o que é, né?

Então, em 1904, no Cairo, um homem escreveu um livro chamado The book of the law (O livro da Lei), o nome dele era Aleister Crowley. Ele não escreveu, dizem que foi psicografado, eu digo que foi cosmografado.

Ele escreveu um livro, onde ele estabelece essa nova faceta, ele diz que nós vamos entrar numa nova idade e isso vem se processando lentamente, é só agora, nos anos 70, depois da fase do hippismo. O hippismo como abertura foi fantástico, mas parou na pista, claro, faltou estrutura, todo mundo ficou na minha, tô na minha, bicho, então faltou estrutura, enfraqueceu, o hippie foi muito fraco no final.

É preciso assumir o Deus, a partícula de Deus, não o Deus ocidental, mas o Deus que existe dentro de cada um de nós.

Então Aleister Crowley trouxe hoje, em 1974, essa força esse positivismo, essa coisa assim, óbvia, clara que todo mundo tá sentindo necessidade, é o trem que vem chegando e vem trazendo a notícia do Novo Momento, essa transformação.

Eu ‘tive em Nova York agora e vi o Empire State Bulding balançando, entende? Uma loucura total, paranoia completa, onde as pessoas vão para o cinema de cassetete na mão, se não gostarem do filme batem em todo mundo... eu vi isso, uma loucura total, absurdo.

Então é um sinal que os carrascos estão se tornando vítimas do próprio sistema que eles mesmo criaram, tá uma confusão, uma loucura, ninguém se entende mais, então é justamente o momento do Novo Aeon, o que as sociedades esotéricas chamam de Novo Aeon. Aeon é esse Novo Momento, onde o valor principal é o Homem, o Homem, pela primeira vez, desde o Egito.

Acabou-se os sistemas, os condicionamentos, os valores e as verdades absolutas. O Homem, ‘Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei’, não a lei com ‘l’ minúsculo, mas a Lei com ‘L’ maiúsculo.

O trem...”

E daí ele canta O Trem das 7 que todos conhecem e está no LP.

Fonte: http://komunaraulseixistika.multiply.com/



SOBRE A MÚSICA “CAMBALACHE”

Olha aí, que beleza sobre Cambalache. Colhemos as informações nos sites citados, compilamos e modificamos a apresentação e a forma e incluímos a versão de Raul junto à letra original e a uma tradução dada.

Cambalache é um tango argentino composto em 1934 por Enrique Santos Discépolo para o filme “El alma del bandoneón”, que estreou em fevereiro de 1935. Interpretada por Ernesto Famá com acompanhamento da orquestra de Francisco Lomuto, foi apresentado pela primeira vez por Sofia Bozan numa revista musical no Teatro Maipo, em 1935.

Sua letra, mordaz acusação à corrupção e impunidade da "década infame", é tão atual hoje como em 1935 e, por isso, teve o singular privilégio de ser proibida por todas as ditaduras militares desde 1943, quando a canção foi atingida pela resolução do Ministério da Educação argentino, que proibiu voseos e gírias nos tangos, medida derrogada por Juan Domingo Perón após entrevista com o próprio Discépolo. Quase meio século depois que surgiu, a ditadura militar que governou a Argentina a partir de 1976 decidiu “recomendar” que ele não fosse executado.

Na Argentina e Uruguai cambalache é um local de comércio de roupas e equipamentos usados.

Indicando a confusão reinante à época, Discépolo mistura na letra figuras contrastantes e famosas do começo da década de 30:

• O golpista Alexander Stavisky, que se suicidou num cárcere em 1934;
• Dom Bosco, fundador da Ordem dos Salesianos e canonizado pelo Papa em 1934;
• “La Mignon” talvez uma forma usual de tratamento na época, significando “querida” ou “amante”;
• Don Chicho, apelido do chefe da máfia argentina Juan Galiffi, preso e processado em 32;
• Napoleão, da França;
• Primo Carnera, boxeador italiano campeão mundial peso pesado em 1933-1934; e
• San Martin, herói da libertação de vários países sul-americanos.

Uma das estrofes mais conhecidas diz "Igual que en la vidriera irrespetuosa de los cambalaches se ha mezclao la vida, y herida por un sable sin remaches ves llorar la Biblia junto a un calefón...". Daqui destaca-se "La Biblia y el calefón", que contrasta um livro de grande valor religioso com um artefato mundano, Tal frase é empregada por um programa de Jorge Guinzburg e um tema de Joaquín Sabina incluído no álbum “19 días y 500 noches” (1999).

Uma das primeiras estrofes, "¡Siglo XX Cambalache, problemático y febril!" deu nome a um programa televisivo da Telefe conhecido como “Siglo XX Cambalache”.

A canção “Siglo XXI” de Luis Eduardo Aute (álbum UFF!, 1990) se inspira no tango e outra de suas músicas, “Imán de mujer“ (álbum Alevosía, 1995), também cita Cambalache.

VERSÕES

Com o sucesso vieram várias gravações. O blog http://tangocambalache.blogspot.com disponibiliza 36 versões de Camabalache, inclusive as de Astor Piazola, Julio Iglesias, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Raul Seixas. Esta última, a única em português. Listamos algumas:

• Roberto Maida com Orquestra de Francisco Canaro (1935);
• Tania (1936);
• Roberto Arrieta (década de 40);
• Alberto Echague (década de 40);
• Julio Sosa (1955);
• Alfredo Sadel com orquestra de Aldemaro Romero (1956);
• Tita Merelo (1956);
• Edmundo Rivero (1959)
• Caetano Veloso (1969);
• Virginia Luque (1973)
• Julio Sosa (1973)
• Rubén Juárez (1973)
• Julian Plaza (1976)
• Susana Rinaldi (1976)
• Joan Manuel Serrat (1983/4);
• Grupo Sumo (1984);
• Grupo Los Estómagos (1985);
• Raul Seixas (1987)
• Hermética (1990);
• Nacha Guevara (1991);
• Julio Iglesias (1995);
• León Gieco (1998);
• Andrés Calamaro (1998);
• Luis Eduardo Aute (durante os créditos do filme “París Tombuctú”, 1999);
• Gilberto Gil (2004);
• Ismael Serrano (interpreta-o desde 2007);
• Raphael (2010);
• Liuba María Hevia (em concertos alterna a letra "...siglo veinte... ¡veintiuno!...").

A letra utiliza uma linguagem coloquial e é repleta de gírias.


CAMBALACHE
Letra e música: Enrique Santos Discépolo.
Tradução: Elesta e Leo, com auxílio de Marcial Salaverry na tradução das inúmeras gírias.
(A versão de Raul Seixas está destacada em azul).

Que el mundo fue y sera una porqueria ya lo se, en el quinientos seis y en el dos mil también
Que o mundo foi e será uma porcaria (eu) já sei, em quinhentos e seis e em dois mil também

Que siempre ha habido chorros maquiavelos y estafaos
Que sempre tem havido safados malandros e gatunos
Que sempre houve ladrões maquiavélicos, safados

contentos y amargaos, valores y dubles
contentes e descontentes, sinceros e falsos
contentes e frustrados, valores confusões

Pero que el siglo veinte es un despliegue de malda insolente ya no hay quien lo niegue
porém que o século vinte é uma piada de turma insolente já não há quem negue
Mas que o século vinte é uma praga de maldade e lixo já não há quem negue

Vivimos revolcaos en un merengue y en un mismo lodo todos manoseaos
Vivemos revirados em um merengue e em um mesmo lodo todos manuseados
Vivemos atolados na lameira e no mesmo lodo todos manuseados

Hoy resulta que es lo mismo ser derecho que traidor
Hoje resulta que dá no mesmo ser direito ou traidor
Hoje em dia dá no mesmo ser direito que traidor

ignorante, sabio, chorro, generoso, estafador
ignorante, sábio, safado, generoso, gatuno
ignorante, sábio, besta, pretensioso, afanador

Todo es igual, nada es mejor, lo mismo un burro que un gran profesor
Tudo é igual, nada é melhor, igual um burro que um grande professor
Tudo é igual, nada é melhor, é o mesmo um burro que um bom professor

No hay aplazaos ni escalafon, los inmorales nos han igualao
Não há ralé nem bacanas, os imorais nos igualaram
Sem diferir, é sim, senhor, tanto no Norte ou como no Sul

Si uno vive en la impostura y otro roba en su ambición
Se um vive na mentira e outro rouba na sua ambição
Se um vive na impostura e outro afana em sua ambição

da lo mismo que si es cura, colchonero, rey de bastos, caradura o polizon
dá no mesmo ser padre, mendigo, rei de paus, malandro ou honesto
dá no mesmo seja padre, carvoeiro, rei de paus, cara dura ou Senador

Que falta de respeto, que atropello a la razon:
Que falta de respeito, que atropelo à razão:
Que falta de respeito, que afronta com a razão:

cualquiera es un señor, cualquiera es un ladron
qualquer um é um senhor, qualquer um é um ladrão
qualquer é um senhor, qualquer é um ladrão

Mezclaos con Stavisky van Don Bosco y la Mignon
Misturado com Stavisky estão Dom Bosco e La Mignon
Misturam-se Beethoven, Ringo Star e Napoleão

Dom Chicho e Napoleão, Carnera e San Martin
Dom Chicho e Napoleão, Carnera e San Martin
Pio Nove e Dom João, John Lennon e San Martin

Igual que en la vidriera irrespetuosa de los cambalaches se ha mezclao la vida
Como na vitrine desrespeitosa dos cambalachos misturou-se a vida
Igual como na frente da vitrine, esses bagunceiros se misturam à vida

y herida por un sable sin remaches ves llorar la Bíblia contra un calefón
e ferida por um sabre sem piedade vê chorar a Biblia contra um aquecedor
ferido por um sabre já sem ponta, vão chorar a Bíblia junto ao aquecedor

Siglo veinte, cambalache problematico y febril el que no llora, no mama,
Século vinte, cambalacho problemático e febril o que não chora, não mama,
Século vinte, cambalache problemático e febril o que não chora, não mama,

y el que no roba es un gil.
e o que não rouba é um otário.
quem não rouba é um imbecil.

Dale no mas, dale que va que alla en el horno nos vamo a encontrar
Venham leis, venham e vão que lá no inferno vamos nos encontrar
Já não dá mais, força que dá, que lá no inferno lhe vão encontrar

No pienses mas, sentate a un lao, que a nadie importa si naciste honrao
Não penses mais, senta-te a um lado, que a ninguém importa se nasceste honrado
Não penses mais, senta-te ao lado, que a ninguém importa se nasceste honrado

Que es lo mismo el que trabaja noche y día como un buey
Que é o mesmo o que trabalha noite e dia como um boi
Se é o mesmo que trabalha noite e dia como um boi

que el que vive de los otros que el que mata que el que cura o esta fuera de la ley.
que o que vive dos outros, que o que mata ou o que cura ou esta fora da lei.
se é o que vive na fartura, se é o que mata, se é o que cura, ou mesmo fora-da-lei.


Fonte: adaptado e complementado a partir do material disponível em
http://www.paixaoeromance.com.br/o_tango/cambalache/cambalache.htm
http://es.wikipedia.org/wiki/Cambalache
http://tangocambalache.blogspot.com

Um comentário:

  1. Que beleza de blog, Fonético! Muito bom, bem feito, e com textos inteligentes...

    Meu garoto!

    Maguinho

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